Edward Benjamin Britten nasceu em Lowestoft, Suffolk (Inglaterra) em 22 de novembro de 1913. Recebeu de sua mãe as primeiras lições de música, aos quatro anos. Foi aluno de a.Benjamin - piano, de Bridge e Ireland - composição. A casa de seus pais ficava em frente ao mar, esse mar que tem uma tão grande influência na sua obra e na sua vida - Peter Grimes e Billy Bud - e junto ao qual sempre viveu.

Seu pai era dentista. Durante os anos de escola, na Gresham’s School - Norfolk, compôs, sem grande profissionalismo mas com uma facilidade espantosa, um oratório, uma sinfonia, sonatas, quartetos, etc. Estas obras inocentes ficaram no seu museu íntimo, mas Britten utilizou, mais tarde, as partes mais inspiradas para compor a encantadora Sinfonia Simples.

Entre 1939 e 1942, viveu nos Estados Unidos e, depois, instalou-se junto ao Mar do Norte, em aldeburgh, Sulfolk, onde criou um festival. Colaborou também na fundação do Grupo da Ópera Inglesa, companhia lírica formada por uma dúzia de cantores e uma orquestra de câmara. Em 1946, esta companhia criou, no seu primeiro espetáculo, The rape of Lucrezia.

A reputação de Britten firmara-se no Festival de Salzburgo de 1937, com as Variações sobre um tema de Franck Bridge, mas foi no teatro que essa reputação cresceu e foi confirmada, após o triunfo, em 1945, da ópera Peter Grimes. Britten morreu em aldeburgh em 4 de dezembro de 1976.

Independente de todas as escolas e de todas as capelas, Britten é, no entanto, muito inglês, devido à sua predileção pelas vozes, à sua ligação com Purcell, e à influência exercida na sua inspiração pelas formas melódicas do folclore britânico e também por um certo sentido de humor que protege a sua sensibilidade da ênfase.

As óperas é a parte mais importante de sua obra: Paul Bunyan (Nova Iorque, 1941), Peter Grimes (Sadler Wells, 1945), The rape of Lucrezia (Glyndebourne, 1946), a ópera cômica albert Herring (Glyndebourne, 1946), Vamos fazer uma ópera (aldeburgh, 1949), ópera bufa com participação do público, Billy Bud (Convent Garden, 1951), Gloriana (Convent Garden, 1953), The turn of the screw (Fenice, 1954), Sonhos de uma noite de verão (aldeburgh, 1960) e uma revisão de a ópera dos mendigos (1728) (Cambridge, 1948) de John Gay e Pepusch.

Música vocal: coro à capela Hino à Santa Cecília, Uma cerimônia de cantos alegres para vozes femininas e harpa, Sinfonia da primavera para tenor, coros e orquestra, Les illuminations, de Rimbaud, para tenor e cordas, Requiem de Guerra para solistas, coro e orquestra, várias coleções de melodias e de canções populares harmonizadas.

Orquestra: Sinfonia Simples para orquestra de cordas, Noites e manhãs musicais - segundo Rossini, The young person’s guide to the orchestra - variações instrumentais sobre um tema de Purcell -, Variações sobre um tema de Franck Bridge para cordas, Sinfonia Requiem, concerto para piano, concerto para violino, música de documentários. Música de câmara: 2 quartetos para cordas, Lacrymae para piano e violino, etc.