João de Sousa Carvalho teria nascido no alentejo (Portugal) em 1745. Compositor, mestre de capela, professor de contraponto no seminário patriarcal, mestre dos príncipes e infantes da família real, foi mandado por D. José I para a Itália com a finalidade de se aperfeiçoar na arte teatral. Regressou depois à Lisboa, onde teve alunos que mais tarde vieram a ser músicos célebres, entre os quais se contam Marcos Portugal e Leal Moreira. Carvalho morreu em 1798.

É considerado um dos maiores compositores portugueses de ópera italiana ao gosto da época. Entre as suas obras mais conhecidas podemos citar as seguintes segundo o seu aparecimento em ordem cronológica:

L'amore industrioso (1769), Eumene (1773), L'angelica (1778), Perseo (1779), Testoride argonauta (1780), Seleuco, rei da Síria (1781), Everardo III, rei da Lituânia (1782), L'Endimione (1783), adrasto, rei de argivi (1784), Nettuno ed Egle (1785), alcione (1787), Numa pompilio II, rei de Roma (1790), Jomori amazzona guerriera.

Ao lado destas obras podiam referir-se ainda outras no domínio da música religiosa, como missas, salmos, responsórios e ainda algumas tocatas para cravo. Ultimamente, algumas das suas composições têm sido editadas, sendo de se referir entre elas L'amore industrioso - Vol. II de Portugaliae Musica - e a abertura da ópera Penélope - Vol. XIV de Portugaliae Musica -, ambas da F.C.Gulbenkian.