Pietro antonio Cesti - também chamado de Marco antonio - nasceu em arezzo (Itália) em 5 de agosto de 1623. Tomou o hábito dos frades menores aos quatorze anos, mas das cartas do seu amigo Salvator Rosa ressalta que foi despojado dos seus votos em conseqüência de aventuras pouco compatíveis com a sua posição. Em Roma (1640-1645), foi aluno de abbatini e Carissimi.

Chamado à Florença para a corte dos Médicis, em 1650, foi dispensado um pouco mais tarde, devido à sua conduta inconveniente. Foi, então, para Innsbruck, como mestre de capela da corte de Fernando I e, depois, da de Leopoldo I, em Viena. Mas as suas funções deixaram-lhe o tempo livre para numerosas viagens à Itália. Cesti morreu em Florença, em 14 de outubro de 1669.

Acima de tudo, Cesti interessava-se pelo teatro, a que dedicou quase toda a sua atividade como compositor. As suas óperas criadas, na sua maioria, em Veneza, Innsbruck e Viena, valeram-lhe uma grande celebridade. Mais do que a de Cavalli, a sua obra representa uma evolução em direção da expressão lírica e do bel canto: arte de síntese - nomeadamente dos estilos da ópera veneziana e da cantata napolitana - que não permite ligar Cesti a uma escola regional italiana. Escreveu numerosas óperas - das quais só conhecemos 14 -, motetos, cantatas de câmara.