Gaetano Donizetti nasceu em Bérgamo (Itália), nasceu em 29 de novembro de 1797. Foi aluno do padre Mattei - o professor de Rossini - em Bolonha. Pouco depois dos seus primeiros êxitos em diferentes teatros italianos, fixou-se (1827) em Nápoles, onde se tornou professor do Real Collegio di Musica e, estreou, em média, trës novas óperas por ano.
Mas em 1838, trocou Nápoles por Paris, de onde fez várias viagens a Itália - em 1842, dirigiu, em Bolonha, a primeira audição do Stabat Mater de Rossini - e a Viena. Os últimos anos de sua vida foram ensombrados por uma paralisia geral e perturbações mentais, que obrigaram o seu internamento (1846) num hospital psiquiátrico de Ivry. No ano seguinte, foi levado para Bérgamo, onde morreu em 8 de abril de 1848.
A incrível velocidade de trabalho de Donizetti - algumas óperas, libretos e música, foram compostas em quinze dias - e a sua enorme atividade - era muitas vezes, mestre de canto e encenador dos seus espetáculos - não lhe permitiram realizar uma obra homogênea. Nela, encontram-se, lado a lado, o melhor e o pior: o atrativo de uma inesgotável veia lírica é, muitas vezes, enfraquecido pela vulgaridade da harmonia e da instrumentação. Salvo raras exceções - entre as quais se contam Elisir d'amore e Don Pasquale, duas obras-primas da ópera bufa, dignas de Rossini -, o interesse das óperas de Donizetti está ligado ao culto do bel canto e ao fascínio da exploração vocal.
Escreveu 71 óperas, sérias e bufas, das quais as mais célebres são: anna Bolena (Milão, 1830), Elisir d'amore (Milão, 1832), Lucrezia Borgia (Milão, 1833), Lucia di Lammermoor (Nápoles, 1835), La favorite (Paris, 1840), Don Pasquale (Paris, 1843), 115 composições religiosas, oratórios, sinfonias, música de câmara.