Luigi Rossi nasceu em Terramagiore, Foggia (Itália), em c.1597. Depois de ter sido em Nápoles, aluno de J.de Macque (mestre de capela real espanhola), foi para Roma como cantor, violonista e cravista, primeiro a serviço de M.a.Burghese, sobrinho do papa Paulo V, e depois a do cardeal Barberini (1641 até a sua morte).

A sua cantata Un perito cavaliere, sobre a morte de Gustave adolphe (1632), estendeu a sua fama em toda a Europa. No ano seguinte, foi nomeado organista de São Luís dos Franceses. Em 1644, Inocêncio X sucedeu a Urbano VIII. Como o novo papa era inimigo dos Barberini, estes iriam colocar-se sob a proteção do seu amigo Mazarino. Luigi Rossi acompanhou-os a Paris, onde o seu Orfeo, representado no Palais Royal perante os monarcas franceses, ressuscitou os faustos romanos do palácio Barberini.

O êxito foi total, mas passageiro, uma vez que os adversários de Mazarino se serviram dele para pretexto para críticas violentas no plano religioso, político e econômico. Essa hostilidade forçou o cardeal Barberini a retirar-se para Provença, onde Luigi Rossi se lhe juntou em 1649, antes de regressar a Roma, cidade onde morreu em 19 de fevereiro de 1653.

O gênio de Luigi Rossi é mais lírico do que dramático: as suas óperas são coletâneas de árias admiráveis sem verdadeiras ligações. É um dos criadores da cantata italiana e da forma da aria da capo. Escreveu 2 óperas (Il palazzo d'atlante e Orfeo), alguns oratórios e cerca de 400 cantatas, árias, canções, serenatas.