Marc antoine Charpentier nasceu em Paris, em 1634. Foi aluno de Carissimi em Roma, onde permaneceu vários anos. Quando voltou a França, foi convidado por Molière, que rompera com Lully, para coloborar nas representações do Théâtre Français - daí nasceram as partituras de Le mariage forcé e La malade imaginaire.
Depois foi, sucessivamente, mestre de música da Casa Professa dos Jesuítas e da Saint-Chapelle, ao mesmo tempo que ensinava música ao duque de Orleães - para quem escreveu um tratado de composição e acompanhamento. M.Charpentier morreu em Paris em 24 de fevereiro de 1704.
Músico mais culto, mais inspirado e mais refinado do que Lully, tinha certamente muito menos sentido de teatro, o que pode explicar o reduzido êxito de sua música dramática. O seu verdadeiro gênio musical manifestava-se superiormente, em contrapartida, na música religiosa, onde adapta o estilo italiano. A qualidade da sua escrita vocal trai especialmente a influência do seu professor e dos artistas romanos.
Teatro: óperas - Médée, Os amores de acis e Galatea, Philomele -, tragédias líricas para jesuítas, pastorais, música de cena; música religiosa: Histórias sacras - oratórios latinos sobre assuntos bíblicos -, 12 missas, cantatas, salmos, motetos, Te Deum, Magnificat, Leçons des ténebres, litanias da Virgem; música instrumental: Ballets des saisons, Orfeu - bailado -, um concerto para 4 violas, aberturas, serenatas.