Gian Carlo Menotti nasceu em Cadegliano, Varese (Itália) em 7 de julho de 1911. Aprendeu música ainda muito novo, primeiro com sua mãe e depois no Conservatório de Milão. Seus pais levaram-no freqüentemente ao Scalla, onde se fortaleceu o seu gosto pelo teatro.
Em 1928, graças a Serafin, que era na época o diretor da orquestra na Ópera Metropolitana, obtém uma bolsa para estudar no Curtis Institute, na Filadélfia, sob a direção de Rosario Scalero. Desde então, viveu principalmente nos Estados Unidos, onde veio a ser professor no Curtis Institute. Foi aí que, em 1937, foi criada a sua primeira ópera, amélia vai para o baile - podemos excluir duas óperas de pouco sucesso do início de sua juventude -: o êxito foi imediato e em seguida todas as suas obras - excetuando a ilha divina - tiveram carreira excepcional, especialmente O médium, que foi tema de um excelente filme - dirigido pelo próprio compositor - e O cônsul, que foi traduzida em oito línguas.
A qualidade intrínseca de sua música, que é devedora dos estilos mais diversos e que nem sempre evita a vulgaridade não justifica esse êxito. Mas, se julgarmos a música em função da ação dramática, Menotti - que escreve todos os seus libretos em inglês e que dirige habitualmente as montagens - surge como um homem do teatro completo.
As suas obras, que constituem um prolongamento modernizado do verismo, surpreendem-nos pela vitalidade, a eficácia dramática, a relação estreita com as necessidades do público contemporâneo: nesta medida, trazem uma solução original para a "crise do teatro lírico".
Óperas: amélia vai para o baile (1937), a velha empregada e o ladrão (1939), a ilha divina (1942), O médium (1946), O telefone (1947), O cônsul (1950), amahl e os visitantes da noite (espetáculo de televisão, 1951), O santo da rua Bleecker (1954), as três segundas-feiras de um poeta (1958), ópera madrigalesca inspirada em Vecchi, Maria Golovine (Exposição de Bruxelas, 1958), O último selvagem (1963).
Compôs ainda 2 bailados, apocalipse - para orquestra, concerto para piano, concerto para violino, música de câmara, peças para piano e para carrilhão.
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