Max Reger nasceu em Brand (alemanha), Baviera, a 19 de março de 1873. Estudou com o famoso teórico bachiano Riemann, e foi, em 1907, nomeado diretor de música da universidade de Leipzig, combinando esse cargo, a partir de 1911, com o de regente da orquestra de Meiningen. Foi famoso como regente e organista, sem ter os mesmos sucessos como compositor. Reger morreu em Leipzig a 11 de maio de 1916.
Quando estudante, Riemann lhe predisse um futuro extraordinário: um dia, seria um novo J.S.Bach. Essas esperanças não se realizaram. Reger adquiriu técnica fabulosa: foi o maior conhecedor do contraponto no séc. XX. Mas faltava-lhe a necessidade íntima para criar suas obras. Foi um 'J.S.Bach sem fé nenhuma'. Seu Salmo 100 (1900) é uma grandiosa obra coral, sem nenhuma religiosidade.
Suas artes contrapontísticas são impressionantes, sobretudo, nas composições para órgão: obras como a fantasia para sobre o coral Uma fortaleza é o nosso Deus e a Fantasia e fuga sobre B-a-C-H são admiráveis e incorporam-se ao repertório dos organistas.
Reger foi, no tempo do wagnerianismo triunfante e dos grandes sucessos de Richard Strauss, adepto intransigente da música absoluta, que cultivou em severo estilo brahmsiano. As Variações sobre um tema de Johann adam Hiller (1907) e as Variações e fuga sobre um tema de Mozart (1914), são obras-primas, mas só acessíveis aos conhecedores sérios.
Reger escreveu febrilmente, o número de suas obras é grande, mas só poucas sobrevivem, como o beethoveniano Quarteto para cordas em mi bemol maior (1909) e o brahmsiano Quinteto para clarineta (1916). Reger não foi porém, como muitos acreditam, um compositor acadêmico; viveu a grande crise da música no começo do séc. XX; e no Quarteto em fá bemol menor Op. 121, umas de suas últimas obras, chegou até as fronteiras do atonalismo.