Giovanni Batista Viotti nasceu em Fontanetto Po, Vercelli (Itália), em 12 de maio de 1755. Aluno de Pugnani, realizou com o seu mestre, uma longa excursão de concertos (1780-1782) que o tronou conhecido em toda a Europa: Genebra, Berna, Dresden, Berlim, Varsóvia, São Petersburgo e Paris. Entre 1782 e 1792, viveu em Paris, onde, depois de ter obtido grandes êxitos no Concert Spirituel, decidiu dedicar o seu talento exclusivamente ao serviço de Maria antonieta. Foi encarregado, juntamente com o cabeleireiro da rainha, Leonard, de administrar o Teatro de Monsieur, mas a Revolução não lhe deu tempo de realizar aí o teatro lírico dos seus sonhos.
Em 1792, emigrou para Londres, de onde foi expulso, em 1798, sob a acusação de ter amizades revolucionárias e conspirar contra o rei. Permaneceu, durante três anos, próximo de Hamburgo, e depois foi autorizado a regressar para a Inglaterra, que transformou na sua segunda pátria, rodeado de amigos e admiradores (entre eles, madame Vigée-Lebrun, que pintou o seu retrato). Aí, dedicou-se principalmente ao comércio de vinhos, que o arruinou.
Entre 1818 e 1822, foi diretor da Ópera Italiana, em Paris, graças à proteção de Luís XVIII. O teatro fechou as suas portas, em 1820, depois de ter sido o local do assassinato do duque de Berry, e Viotti, que fracassou na reorganização do teatro, na Salle Favart e na Salle Louvois, perdeu o lugar e voltou para Londres. O músico aí morreu, em 3 de março de 1824.
Viotti foi talvez o maior dos violinistas clássicos e, ao mesmo tempo, fundador da moderna escola do violino. Deixou 29 concertos para este instrumento, 10 concertos para piano, 2 sinfonias concertantes para 2 violinos, um grande número de obras de música de câmara (quartetos, trios, duetos).