Compositor russo, Dimitri Dimitrievitch Chostakovitch nasceu em São Petersburgo em 25 de setembro (conforme o calendário antigo, 12 de setembro) de 1906. Foi aluno de Glazunov, eclético que reuniu em sua arte elementos de música russa e elementos ocidentais. Chostakovitch morreu em Moscou em 9 de agosto de 1975.
Adotando o mesmo estilo de seu professor, Glazunov, Chostakovitch alcançou sucesso junto aos líderes intelectuais da Revolução comunista e junto ao público. Compôs a sua Sinfonia n.º 1 aos dezenove anos. As obras dessa primeira fase - um trio para piano (1923), a Sinfonia n.º 2 - Outubro (1927), a Sinfonia n.º 3 (1931), dedicada à festa do trabalho (1.º de maio) - foram muito aplaudidas na Rússia, mas não penetraram no Ocidente.
Na ópera O nariz (1928), com libreto tirado do conto homônimo de Gogol, Chostakovitch revelou talento especial para a paródia, e elementos parodísticos também entraram na música da ópera trágica, como Lady Macbeth no distrito de Mzensk (1934), com libreto tirado da novela homônima de Lesskov. Essa segunda ópera foi considerada, pela crítica russa, como a primeira obra-prima da nova música russa.
Mas essa nova opinião não foi apoiada pelo comissário do povo Jdanov, que condenou a ópera como 'formalista' e 'ocidentalizada'. A obra foi retirada do repertório e Chostakovitch fez autocrítica verbal e pela música da Sinfonia n.º 5 (1937), que acabou não agradando a ninguém.
Chostakovitch encontrou, no entanto, novo estilo pessoal no Quinteto para piano (1940), uma das suas melhores obras, que também foi executada e elogiada nos países ocidentais. Seu maior sucesso foi, logo depois, a Sinfonia n.º 7 - Leningrado (1941). Seguiram-se as Sinfonias n.º 8 (1946), n.º 11 (1957) e n.º 12 (1961), obras de impressionante monumentalidade, às quais o autor deve a posição como um compositor representativo da Rússia. A Sinfonia n.º 13 (1962) é espécie de cantata, música coral com textos do poeta Evtuchenko.