Gabriel Urbain Fauré nasceu em Pamiers (França), a 12 de maio de 1845. Aluno de Camille Saint-Saëns (de quem recebeu grande influência) na escola Niedermeyer, Fauré foi organista da igreja de Saint-Sauveur em Rennes (1866), depois na Madeleine, em Paris.

Em 1896, foi nomeado professor de composição do Conservatório de Paris, do qual foi, em seguida, diretor, de 1905 a 1920. Teve alunos ilustres: Ravel, aubert, Koechlin, Dukas, Schmitt, etc. Fauré morreu em Paris, a 4 de novembro de 1924.

Com Debussy e Ravel, Fauré dominou a moderna música francesa. Mestre no campo da canção e da música de câmara, fiel à forma, Fauré soube reunir, com inteligência e sensibilidade, uma melodia ampla e flexível e uma concepção harmônica de grande mobilidade.

Lieder - Intimismo, recolhimento, discrição, serenidade, definem a atividade criadora de Fauré. Por isso mesmo deu preferência aos lieder e à música de câmara, gêneros banidos pelos operistas. Entre os vários ciclos de lieder destacam-se a Canção de Eva (1907-1910), O jardim fechado (1915-1918), com versos de Charles van Lerbeghe. Anteriores a estes, é o ciclo de nove melodias sobre textos de Verlaine, a boa canção (1891-1892).

Missas - Sua obra-prima é o Requiem Op. 48, inteiramente diferente do de Berlioz. Nada dos desesperos do juízo final, mas uma pacificação do dies irae, uma promessa de acesso in paradisum.

Música de câmara - Em sua derradeira fase, Fauré alcançou um estádio de verdadeira sabedoria. O quarteto para cordas em mi menor Op. 121 (1924) - seu último opus - é um exemplo. Escreveu mais, dois quartetos para piano, Op. 15 e Op. 45 (1879 e 1886), dois quintetos para piano, Op. 89 e Op. 115 (1921 e 1923), Trio para piano Op. 120 (1923), Quarteto para cordas em mi menor Op. 121 (1924), duas sonatas para piano e violino, em lá maior Op. 13 (1876) e em mi menor Op. 108 (1917), duas sonatas para piano e violoncelo, em ré menor Op. 109 (1918) e em sol menor Op. 117 (1922).

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