Claude Goudimel nasceu em Besançon (França), em c.1510. Não se sabe nada acerca da sua juventude ou dos seus professores. A partir de 1549, viveu em Paris onde publicou canções e pareceu ter-se associado ao editor Du Chemin. Entre 1557 e 1587 (aproximadamente), viveu em Metz, onde se relacionou com os meios huguenotes; havia vários anos que se interessara pela tradução dos salmos, feita por Marot e por Beze, que pensava musicar integralmente.
Cerca de 1560, ligou-se definitivamente à Reforma; as suas últimas obras católicas, um Magnificat e 4 missas, foram publicadas em 1557 e 1558. Perto do final de sua vida, trocou Metz por Besançon e, depois, Lion (França), onde foi assassinado, três dias depois do São Bartolomeu, quando dos massacres de huguenotes. Goudimel morreu em 27 de agosto de 1572. Uma tradição segundo a qual Goudimel teria fundado, em Roma, uma escola de música onde Palestrina estudara, parece carecer de fundamento.
As suas obras gozaram de grande popularidade; encontramo-las em numerosas coletâneas dos séculos XVI, XVII e XVIII. A sua fama deve-se, principalmente, ao saltério huguenote de que publicou duas versões musicais completas: uma em estilo contrapontístico ornamentado, pertencendo a melodia ao soprano (1564) e outra em estilo harmônico, quase nota contra nota, sendo a melodia do tenor (1563). Esta última ocupa um lugar importante na liturgia musical do culto calvinista.
Deixou também 5 missas (Il ne se trouve, audi filia, Tant plus je metz, De mes ennuis, Le bien que j'ay), Magnificat, motetos, salmos, canções espirituais e profanas.