Clément Janequin nasceu em Châtellerault (França), em c.1485. Natural do Poitu, foi talvez aluno de Josquin, como afirma Ronsard. Ignora-se tudo acerca de sua vida até1529: encontrou-se então em Bordéus onde compôs uma canção para celebrar a paz de Cambrai. Pouco depois, fixou-se em anjou onde permaneceu até em 1549. Entre 1534 e 1537, foi mestre de escola de canto da catedral de angers e, em 1548, continuou os seus estudos na universidade dessa cidade.
Foi, sucessivamente, nomeado prior de Brossay (próximo a Saumur), de avrillé (próximo de angers) onde foi, em duas ocasiões, padrinho dos filhos de F.de Gondi, em 1532 e 1537 e, por último, prior de Unverre (próximo a Chartres). Em 1549, instalou-se em Paris, Rue de la Sorbonne. Aí, freqüentou a universidade, tornou-se capelão do duque de Guise, e, no final da sua vida, compositor ordinário do rei. Janequin morreu em Paris, em 1558.
Este grande compositor, acerca de quem pouco sabemos, que viveu modestamente e morreu pobre (o seu testamento assim o prova), foi chefe incontestado da escola parisiense da canção. Os seus grandes frescos vocais, que prenunciam os poemas sinfônicos do século XIX, não têm, no domínio da música imitativa, precedente na história.
A célebre canção a guerra (chamada Batalha de Marignan) foi adaptada para um conjunto de instrumentos de sopro por a.Gabrielli, com o título Ária da batalha. Deixou ainda 2 missas (a batalha e L'aveuglé dieu), várias coletâneas de salmos e canções espirituais e mais de 250 canções francesas a 3 e 4 vozes.