Niccolo Jommelli nasceu em aversa, próximo a Nápoles, em 10 de setembro de 1714. Aluno de Prota e Léo em Nápoles, apresentou a sua primeira ópera, L'errore amoroso, em 1737, no Tetaro Novo. Nos anos seguintes, as suas obras foram recebidas com um êxito crescente em Veneza (onde foi nomeado diretor do conservatório dos Incurabili), Turim, Pádua, Bolonha, Roma, etc. Em 1749, fez uma viagem a Viena onde apresentou 5 novas óperas.

Após o regresso, foi nomeado mestre adjunto da capela pontifícia e começou a escrever música religiosa. Entre 1754 e 1769, foi mestre de capela do duque de Wurtemberg, em Stuttgart. Aí, compôs uma paixão e um Requiem, numerosas óperas novas e aperfeiçoou a sua técnica em contato com a escola alemã (escrita mais complexa, construção mais elaborada). Quando do seu regresso definitivo a Nápoles, em 1769, as suas novas obras depararam com a indiferença: todavia, Mozart assistiu ao ensaio e à primeira representação de armida abandonada. Jommelli morreu em Nápoles, em 25 de agosto de 1774.

A obra de Jomelli distingue-se pela nobreza da inspiração melódica (especialmente na música religiosa), por um notável sentido dramático (nomeadamente na utilização do recitativo acompanhado) e pela riqueza de instrumentação. Deixou uma paixão, 2 oratórios, numerosas obras religiosas (entre as quais, um Requiem e um Miserere, obras-primas) e cerca de 70 óperas (sérias, na sua maior parte).