Pierre alexandre Monsigny nasceu em Frauquembergue, Saint-Omer (França), em 17 de outubro de 1729. Depois dos estudos clássicos, durante os quais aprendera violino como amador, arranjou um emprego na câmara de contas do clero. Em seguida foi intendente da casa do duque de Orléans e depois inspetor-geral dos canais. Foi só em 1754, após a representação de La serva padrona, de Pergolesi, que decidiu-se dedicar-se à composição, conservando as funções administrativas.
Terminou a sua formação musical com uma contrabaixista da Ópera e, em 1759, apresentou a sua primeira ópera cômica, Les aveux indiscrets, na Feira de Saint-Germain, com grande êxito. Mas o acolhimento excepcionalmente entusiástico de que foi alvo, em 1777, a sua décima quinta obra, Félix, inspiro-lhe a prudência de renunciar para sempre à composição. Havia adquirido grande fortuna, mas a revolução privou-o de quase todos os seus recursos e teria ficado reduzido à miséria se a Ópera Cômica lhe não tivesse atribuído uma pensão a partir de 1798. Em 1813, sucedeu a Grétry no Instituto. Monsigny morreu em Paris, em 14 de janeiro de 1817.
Um dos criadores da ópera cômica francesa, merece a nossa simpatia atenta devido à sua sensibilidade dramática e à qualidade da sua veia melódica (que enriquecem a sua obra-prima, Le déserteur); mas a insuficiência do seu "saber", é, por vezes, traída por uma certa falta de desembaraço, por uma harmonia desajeitada e uma instrumentação pobre. Deixou 17 óperas cômicas, duas das quais não foram representadas.