Philippe de Monte nasceu na região de Mechlin (Bélgica), em 1521. Depois de uma longa estada em Nápoles (c.1540-1554), onde esteve a serviço da família Pinelli e onde, sem dúvida, foi membro de um coro (tinha uma bela voz de baixo), acompanhou Filipe II a Inglaterra, como membro da Capela Real de Madrid. Aí, fez amizades com Byrd e mais tarde os dois músicos trocaram manucritos de suas obras. Em seguida, levou durante alguns anos uma vida errante na Itália. Desde 1568 até a sua morte, foi mestre de capela da corte imperial, em Viena, e depois em Praga (atualmente, na Rep. Tcheca), cidade onde morreu em 4 de julho de 1603.
Este grande músico, excepcionalmente fértil, é digno de ser comparado à Palestrina, no que toca a sua música religiosa, ou a Lassus (de quem se distingue devido a um estilo mais italiano, nos madrigais). A publicação das suas obras, iniciada em 1924, por J. van Nuffel, dar-lhe-á, talvez um dia, a fama que merece. Escreveu 48 missas (24 das quais chegaram aos nossos dias), mais de 300 motetos (Canções sacras, etc.), cerca de 1200 madrigais, villaneles e canções francesas (entre as quais os Sonetos de Ronsard).