Isaac Albéniz nasceu em Camprodón, Catalunha, em 29 de maio de 1860. Menino prodígio, deu seu primeiro concerto aos quatro anos. Aos sete anos foi recusada a sua admissão no Conservatório de Paris, pela sua pouca idade, sendo matriculado no Conservatório de Madrid.

Fugiu de casa, tocando em várias cidades espanholas, e acabou por se esconder num navio com destino à américa Central, para escapar à perseguição dos pais. De lá foi para os Estados Unidos, onde ganhou a vida tocando em público.

Voltou para a Europa, direto para a alemanha, onde conseguiu entrar, em 1874, para o Conservatório de Leipzig, como aluno de Jodassohn e Reinecke. Voltou depois para a Espanha, recebendo do rei uma bolsa que lhe permitiu continuar os estudos no Conservatório de Bruxelas. Aí estudou composição com Gevaert e piano com Brassin. Em 1878 conseguiu receber lições de Liszt, cuja influência se fez sentir na técnica das suas peças mais importantes para piano.

Depois de acompanhar Rubinstein numa excursão artística pela Europa e américa, em 1880, ganhando grande reputação como pianista, foi ensinar em Barcelona. Em 1883 casou-se com Rosina Jordana e, em 1885, voltou para Madrid.

Em 1890 Albéniz começou em Paris outro curso de composição com Vincent d'Indy e Paul Dukas. No ano seguinte estabeleceu-se em Londres, onde foi contratado por um milionário inglês para musicar seus libretos. Com os libretos do seu patrono, compôs a ópera Enrico Clifford, apresentada em 1895.

Em 1893, Albéniz estabeleceu-se em Paris, decido a aperfeiçoar cada vez mais a sua técnica de compositor, recomeçando a trabalhar com d'Indy e Dukas, e assimilando os processos impressionistas de Debussy e Ravel. Em 1898, apareceram-lhe os primeiros sintomas da doença de Bright (problema renal), da qual viria a morrer. Albéniz morreu em Cambo-les-Bains, nos Pirineus, em 18 de maio de 1909.

Pianista famoso, Albéniz foi, como compositor, um dos que iniciaram na Espanha, a criação de um estilo musical nacional, baseado nos ritmos e motivos populares. Como outros jovens compositores espanhóis na época, seguiu Felipe Pedrell (1841-1922) no culto de uma arte musical genuinamente espanhola.

A poema sinfônico Catalunha (1899) e a coleção de peças para piano Ibéria (1906-1909) são as suas obras mais características. Nos quatro cadernos de Ibéria evocou principalmente cenas e paisagens da andaluzia, inspirando-se no rico folclore espanhol:

1.º caderno: Evocación, El puerto, Corpus Christi à Seville
2.º caderno: Rondeña, almería, Triana
3.º caderno: El albaicín, El polo, Lavapies
4.º caderno: Málaga, Jerez, Eritaña

As peças para piano Navarra e azulejos foram terminadas por Granados.