Ernest Chausson nasceu em Paris, em 20 de janeiro de 1855. Depois de ter estudado Direito, só entrou para o Conservatório de Paris - no curso de Massenet - aos 25 anos. Mas a rigidez do ensino oficial era incompatível com o seu caráter. Depois de ter sido admitido na cadeira de órgão de Franck, deixou o Conservatório para ter lições particulares com esse professor a quem o ligavam várias afinidades.

Muito independente nas suas opiniões estéticas, manifestava um perfeito liberalismo em relação às dos outros. Desde 1888 até a sua morte, dedicou-se ativamente, como secretário geral da Sociedade Nacional de Música, a dar a conhecer a música dos jovens compositores franceses. Foi para os seus colegas, nomeadamente para Debussy, um amigo extraordinariamente dedicado. Chausson morreu aos 44 anos - Limay (França), 10 de junho de 1899 - em conseqüência de um desastre de bicicleta - fratura no crânio.

A sua obra é característica da escola franckista, embora muitas vezes se descubram nela, traços de influência wagneriana - Sinfonia, por exemplo. Mas distingue-se devido a um encanto particular e uma harmonia refinada, que prenuncia o Impressionismo.

Escreveu o drama lírico O rei artur (Bruxelas, La Monnaie, 1903), 8 motetos, Hymne védique para coros e orquestra, Poeme de l'amour et de la mer para uma voz e orquestra, Sinfonia em si bemol maior, poemas sinfônicos, Poema para violino e orquestra - a sua obra mais célebre -, Concerto para violino, piano e quarteto de cordas, um quarteto para piano, um inacabado quarteto para cordas e numerosas melodias.