Edgar Varese nasceu em Paris, em 22 de dezembro de 1883. Depois de ter feito sérios estudos científicos, foi aluno de Indy e de Roussel, na Schola Cantorum, bem como de Widor, no Conservatório. Em Paris, criou o Coro da Universidade Popular e, em Berlim, o Coro Sinfônico. Reformado na sequência de uma grave doença, partiu, em 1916, para os Estados Unidos, onde se viria a fixar definitivamente e a adquirir, em 1926, a naconalidade americana. Varese morreu em Nova Iorque, em 6 de novembro de 1965.
Desde muito cedo, preocupou-se (sobretudo por influência de Busoni, que conhecera em Berlim) com as transformações radicais que permitiriam a rápida evolução da música moderna. Como a sua formação científica lhe facilitou a análise do fenômeno musical, tornou-se o pioneiro da música experimental do século XX. Duas obras que datam de 1931, Ionisation (para 40 instrumentos de percussão) e Intégrales (para percussão e instrumentos de sopro), foram antecipações proféticas do movimento da música posterior a 1950. A maior parte das suas obras traz soluções novas nos campos do ritmo e do timbre e foi um dos primeiros a utilizar, na orquestra, os instrumentos eletrônicos e a music for tapes ("concreta" ou "eletrônica").
Escreveu américas e arcana para grande orquestra, uma Sinfonia para coro, Espaço para coros e orquestra, O deserto para coros, orquestra e música concreta, Intégrales, Octandre e Hyperprism para metais e percussão, Ionisation para 2 grupos de instrumentos de percussão.