Alfredo Casella nasceu em Turim (Itália) em 25 de julho de 1883. Filho de um violoncelista, professor do Liceu musical de Turim e de uma boa pianista amadora, começou muito cedo a estudar piano com a sua mãe e apareceu pela primeira vez em público aos onze anos. Aos treze, entrou para o Conservatório de Paris, onde tornou-se aluno de Diemer - piano - e Fauré - composição.
Viveu em Paris até 1915, freqüentando os meios musicais de vanguarda - e sofrendo, como os seus colegas franceses, a influência de Stravinsky -, dando concertos como pianista e diretor de orquestra, trabalhando como assitente de Courtot a dar aulas de piano no Conservatório.
De regresso à Roma, foi nomeado professor do Conservatório e começou a ganhar reputação como compositor. Mas, durante alguns anos, as suas obras provocaram escândalo e foram boicotadas sistematicamente. Entretanto, a sua enorme atividade e o seu perfeito conhecimento da história do seu país, deram origem a que se tornasse chefe da jovem escola romana e um dos principais promotores da tendência neoclássica que se afirmou na Itália, a partir de 1920. Casella morreu em Roma, em 5 de março de 1947.
Pela sua obra, o seu magistério, os seus escritos, a sua ação em prol da música nova, é foi mais importante compositor italiano de sua geração. Escreveu 3 óperas - entre elas, a dona serpente -, 4 bailados - entre os quais se conta La giara -, Missa solennis pro pace para solistas, coros, orquestra e órgão, várias obras para piano e orquestra - a Suíte Scarlattiana, uma partita, um concerto para piano, concertos para violino, para violoncelo, para órgão, um concerto triplo para piano, violino e violoncelo, numerosas peças para piano, melodias, bem como obras sobre a música de J.S.Bach, Beethoven, Stravinsky, a música para piano e reedições modernas de obras de Monteverdi, Vivaldi e Clementi.