François-andré Philidor nasceu em Dreaux (França), em 7 de setembro de 1726. Ilustre jogador de xadrez, entrou muito jovem.como pagem para a capela real e veio a ser aluno de Campra. Entregue a si próprio,sentiu-se desencorajado pelas dificuldades da vida de artista (as aulas e os trabalhos de cópia musical não lhe chegam para viver) e decidiu-se exibir, em vários países, como jogador de xadrez e, em breve, seria considerado o maior jogador de seu tempo. Em Londres, publicou uma notável analyse du jeu des échecs (1749), e venceu três partidas simultâneas, sem ver os tabuleiros, contra jogadores de primeira linha.
A instâncias dos seus amigos parisienses (entre eles, Diderot), regressou a Paris e começou a compor motetos para grande coro, sob a influência dos oratórios de Händel que ouvira em Londres. Como estas obras não lhe proporcionaram o desejado cargo de superintendente da música, voltou-se para a ópera cômica: o êxito de Blaise le savetier foi decisivo para a sua fama como compositor, digna daquela que obtivera nos clubes de xadrez londrinos. F.a.Philidor morreu em Londres, em 24 de agosto de 1795.
Superior a Monsigny e a Grétry pela originalidade da invenção melódica, a qualidade da harmonia e da instrumentação, é talvez o melhor representante da ópera cômica francesa antes de Boieldieu. Escreveu 30 óperas cômicas, 5 tragédias líricas, Carmen saeculare (oratório profano, segundo Horácio), motetos, um Requiem, um Te Deum.