Marco da Gagliano nasceu em Gagliano, perto de Florença, em c.1575. Destinado à carreira eclesiástica, tornou-se cônego de San Lorenzo em Florença, e, mais tarde, protonário apostólico. Ocupou os lugares de mestre de capela de San Lorenzo e da corte do grão-duque da Toscânia. Durante cerca de 40 anos, este grande músico esquecido foi um dos principais animadores (se não o principal) da vida musical florentina.

A primeira representação em Mântua (1607) da sua ópera Dafne deu-lhe uma reputação igual às de Peri, Caccini, Cavalieri ou Monteverdi. Numa carta dirigida ao cardeal Gonzague, Peri saúda esta obra como a melhor adaptação musical do célebre poema de Rinuccini. No importante prefácio onde expõe as idéias acerco do teatro musical, Gagliano faz o elogio de Euridice, de Peri, e da arianna, de Monteverdi. Gagliano morreu em Florença, em 24 de fevereiro de 1642.

Escreveu 6 livros de madrigais a 5 vozes, Officium defunctorium a 4 vozes, Missa sacra e canções a 6 vozes, Música a 1, 2 e 3 vozes, Basso generalis sacrarum cantionum (1 a 6 vozes), Responsoria majoris hebdomadae a 4 vozes, as óperas Dafne e Flora. Perderam-se várias obras, entre elas, a ópera Il medoro (em colaboração com Peri) e várias óperas sacras.