Antonio Gaspare Sacchini nasceu em Florença, em 14 de junho de 1730. Aluno de Durante no conservatório Santa Maria di Loreto, em Nápoles, onde após a morte de seu professor, foi designado mestre extraordinário de canto. Depois de ter apresentado mais de 20 óperas, principalmente em Nápoles, Veneza e Roma (onde viveu seis anos), foi nomeado diretor do Conservatório do Ospedaletto, em Veneza. Mas, no ano seguinte, abandonou o lugar para fazer uma viagem à alemanha, e entre 1772 e 1782, fixou-se em Londres onde, de início, foi acolhido calorosamente.

Mas os seus costumes dissolutos inquietavam os seus amigos (sobretudo a sua amizade com o castrado Ranzzini) e ajudaram os seus rivais a destruir a sua popularidade. Em 1782, fixou-se em Paris com uma recomendação de José II da Áustria, irmão de Maria antonieta. a sua chegada pareceu suspeita aos partidários de Gluck e, por outro lado, os amigos de Piccini desconfiaram dele como um rival protegido pela rainha. Quando esta proteção lhe faltou, ficou de cama e morreu, com um ataque de gota, três meses mais tarde (Paris, 6 de outubro de 1786).

A sua melodia é muito elegante, mas a principal qualidade das suas óperas (especialmente a sua obra-prima, Oedipe à Collone) é a admirável escrita dos coros e da orquestra. Escreveu 45 óperas (sérias e bufas) das quais se perderam cerca de 15, 4 oratórios, 2 sinfonias, 6 trios e 6 quartetos para cordas, 12 sonatas para cravo.