Florent Schmitt nasceu em Blamont, Meurthe-et-Moselle (França), em 28 de setembro de 1870. Aluno de Massenet e Fauré (na mesma turma de Ravel) no conservatório de Paris, primeiro Grande Prêmio de Roma em 1900, satisfez inúmeros "envios de Roma" (entre eles, o Salmo XLVII), realizou uma série de viagens pela Itália, Espanha, alemanha, Áustria, e até Turquia, viagens de onde trouxe peças descritivas ou evocativas para piano.

Serviu ativamente a causa da música contemporânea, nas comissões da Sociedade Nacional e como crítico (especialmente no jornal Le temps). Entre 1921 e 1924, foi diretor do conservatório de Lion. Em 1936, foi eleito para o Instituto para ocupar o lugar de Dukas. Schmitt morreu em Neuilly-sur-Seine, em 17 de agosto de 1958.

Ferozmente independente, manteve-se sempre afastado de tertúlias e dos sistemas. nascido entre Debussy e Ravel, nunca foi émulo de quem quer que fosse. Na sua música vigorosa, brilhante, muitas vezes apaixonadas, vê longe, por vezes, longe demais, o que leva certas obras (especialmente na música de câmara) à hipertrofia ou à excessiva complexidade de escrita. Não é de desprezar a sua influência sobre os jovens compositores (por exemplo, Honegger).

Escreveu 3 bailados (entre os quais se conta a tragédia de Salomé), música de cena (por exemplo, antonio e Cleópatra) e de filmes (entre os quais, Salammbô), o Salmo XLVII e outras obras corais, poemas sinfônicos e peças descritivas ou humorísticas para orquestras, 2 quartetos para cordas, trio para cordas, um belíssimo quinteto para piano, Suite en Rocaille para flauta, violino, viola, violoncelo, harpa, numerosas peças para piano, inúmeras melodias (com acompanhamento de piano ou de orquestra).